terça-feira, 3 de abril de 2012

Psicodelia Nordestina e Tropicalismo disponíveis para venda


           Lula Côrtes  e  Zé Ramalho - Paêbirú (1975) 

       Rara edição original e autografada por Lula Côrtes!!!!!!!!




Ítem valioso no mercado internacional de raridades psicodélicas.

Edição original do raríssimo álbum duplo "Paêbirú", creditado a Lula Cortês e Zé Ramalho, gravado entre os meses de outubro e dezembro de 1974, na gravadora Rozemblit, em Recife (PE). Com eles, estão Paulo Rafael, Robertinho de Recife, Geraldo Azevedo e Alceu Valença, entre outros. 

O disco por si só é uma lenda, mas ficou mais interessante ainda pelas situações que envolveram a sua gravação. A gravadora Rozenblit ficava na beira do rio Capiberibe, e o disco, depois de gravado, foi levado por uma das enchentes que assolavam a região. Conta a lenda que sobraram apenas umas trezentas cópias do disco, hoje nas mãos de poucos e felizardos colecionadores, muitas das quais no exterior, onde foram parar a preço de ouro.












Marconi Notaro - No Sub Reino dos Metazoários (1973)

O LP ‘No Sub Reino dos Metazoários’, de Marconi Notaro, é dos expoentes da cena psicodélica nordestina. Lançado em 1973, enquadra-se na linha de obras como os discos de Lula Côrtes & Lailson – ‘Paebirú’ e ‘Satwa’, clássicos da psicodelia nacional.

Ultra-psicodélico em alguns momentos, o disco abre com o samba ‘Desmantelado’ (composto por Notari em 1968, “nos áureos tempos do Teatro Popular do Nordeste), com o regional formado por Notaro, Robertinho de Recife, Zé Ramalho e Lula, entre outros. A segunda faixa, ‘Ah Vida Ávida’, com ‘Notaro jogando água na cacimba de Itamaracá’, mais Lula na ‘cítara popular’ e Zé Ramalho na viola indicam o que vem a seguir, um misto de alucinada psicodelia com pinceladas da mais singela música popular, como o frevinho ‘Fidelidade’ (… “permaneço fiel às minhas origens, filho de Deus, sobrinho de Satã” …).

O momento mais radical disco álbum é a quinta faixa, ‘Made in PB’, parceria de Notaro com Zé Ramalho, um rockaço clássico, destacando a guitarra distorcida de Robertinho de Recife e efeitos de eco. As músicas ‘Antropológicas 1′ e ‘Antropológica 2′, como a maioria das outras canções, são improvisos de estúdio, reunindo os músicos já citados, com ótimo resultado sonoro e poético.
Com produção do pessoal do grupo multimídia de Lula Côrtes e sua mulher Kátia Mesel, o disco foi gravado nos estúdio da TV Universitária de Recife e da gravadora Rozenblit, também na capital pernambucana. A capa é um desenho de Lula Côrtes, tão chapado esteticamente quanto o som que o tosco papelão embalava, com uma foto de Marconi Notaro no centro, com o rosto dividido entre a capa frontal e a contracapa.

O álbum, infelizmente, como a maioria do catálogo da Rozenblit permanece inédito, esperando uma cuidada reedição oficial. O LP original é praticamente impossível de ser encontrado, mas uma ótima cópia em CDr já circula no universo de colecionadores.

Texto de Fernando Rosa, publicado no site Senhor F.






Os Brazões - RGE (1969)

Grande banda psicodelica/tropicalista com muita guitarra fuzz, wah wah, percurssões, ecos, experimentações e pitadas de soul music.

Integrada por Miguel e Roberto nas guitarras, Eduardo na bateria e Taco no Baixo, Os Brazões era a banda que acompanhava Gal Costa no final dos anos 60. Cultivavam um estilo imerso no tropicalismo, com altas doses de psicodelia, evidenciada pela guitarra fuzz de Roberto e pela guitarra wah wah de Miguel. O rico trabalho de percussão, as letras em português e a utilização recorrente de ritmos regionais, completam a fórmula sonora dos Brazões.




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